A lei que obriga os patrões a
assinarem a Carteira de Trabalho de seus empregados domésticos fez 40 anos em
novembro próximo passado.Sem dúvida uma enorme conquista para essa categoria
,muito justa por sinal . Desde a sua promulgação até hoje muitos direitos e
vantagens foram outorgados a esse segmento. Agora, já se cogita em acrescentar
o direito ao Fundo de Garantia (FGTS). Também as diaristas, ou faxineiras como
alguns chamam, passaram a ter direitos trabalhistas, começaram com o direito a
Carteira assinada se trabalharem três vezes por semana na mesma casa e, mais recentemente, numa PEC já aprovada no
Senado e em vias de ser votada na Câmara Federal, deverão conquistar mais alguns direitos. Até aí,vendo pelo ponto de
vista humanitário, achamos justo e de direito, cada uma dessas conquistas mas,
por outro lado, fazemos a seguinte reflexão: As empregadas domésticas em
geral ,aí incluídas as diaristas, são possivelmente as únicas “profissionais” que começam a trabalhar em nossas casas sem
qualquer perfil profissional. A grande maioria não fez curso algum de arte
culinária, de arrumadeira ou passadeira ou o que seja ,no SENAC ou qualquer
escola que o valha, mas a lei não permite que paguemos menos aquela que mal
sabe fazer um feijão com arroz embora contratada como cozinheira. O “período de
experiência” nos obriga a pagar o salário integral para a contratada que muitas
vezes nem sabe cozinhar o dito “trivial”.Acho
injusto que as empregadas já
experientes, que sabem lavar,passar e/ou cozinhar ou arrumar uma casa com
esmero, ganhem a mesma coisa que essas novatas sem habilidade e, até agora, ainda vemos algumas mais
experimentadas receberem um salário diferenciado mas com o decorrer do tempo e
por conta dessa série de direitos que essas domésticas têm conseguido,em
virtude do valor do Salário Mínimo acrescido de todos os direitos inerentes à
classe, vemos com preocupação que essa categoria está fadada a desaparecer. Em
breve a classe média não vai poder mais contratá-las porque o orçamento familiar ficará muito
apertado e os ricos vão reduzir o número
delas em suas residências porque a folha de pagamento poderá ficar igualmente
mais onerosa. Acredito firmemente que o governo, já percebendo essa
tendência,bem que poderia orientar a população das classes menos abastadas a diversificar sua linha profissional, fazer
cursos em outros segmentos e inclusive estimular a
melhorarem a escolaridade ou ainda sugerir aos que têm alguma vocação e um
pequeno capital a abrirem um pequeno negócio, seja no comércio ou na prestação de serviços. Mudar o foco em quanto é tempo pode ser a
melhor maneira de sobreviver nesse mundo cada
vez mais competitivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário